quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O espetáculo da vida

“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados. ”( Mahatma Gandhi )
Eles latem, miam, cantam,piam, murmuram, soltam pêlos, sujam, trocam as penas, rastejam, correm, nadam ou voam! São parte da natureza que merece respeito, mas nem sempre são percebidos ou tratados como tal.
As vezes estão presos enquanto sua vontade é estar livre para voar rumo ao horizonte, as vezes são maltratados enquanto seu olhar suplica um afago de carinho, passam fome enquanto queriam apenas aquela sobra que você colocou fora, as vezes a sua voz torna-se silêncio enquanto o seu canto ou rosnado fazem parte da sinfonia que Deus compôs para nós, são atingidos com pedras, e até balas de chumbo que saem das armas mais poderosas do mundo as mãos dos homens.
Dia desses quando vinha lá de casa para trabalhar, presenciei duas cenas que me mostraram o quanto a natureza é bela e um tanto curiosa. A primeira foi um passarinho que avistei sobre a grama, ele mexia em alguma coisa, que só foi possível definir quando estava mais perto, era outro pássaro, porém morto. E aquilo pareceu-me um apelo para que ele voltasse! Tão singelo e emocional quanto a natureza humana.
Mais adiante uma égua e um cavalo trocavam carinhos, que podemos tratar como beijinhos, semelhantes a dois namorados que se encontram só no final de semana onde a saudade já parece insuportável. Depois daquele dia passei a perceber os animais ao meu redor, a organização das formigas, a cumplicidade dos cachorros, o canto, as cores e a forma com que os pássaros arquitetam seus ninho, os perias, veados e lebres que aparecem de vez em quando no meio da estrada, as corujas que nos impinotizam com seus olhos profundos, a capacidade dos papagaios e caturritas de imitar e aprender com o homem.
É talvez os animais não sejam tão irracionais, como muitos pensam, talvez sejam tão ou mais humanos e sensíveis quanto nós! Final do ano se aproxima, vamos deixar o maestro conduzir a sinfonia, e como músicos mantermos cautela para não desafinarmos, pois uma só nota errada pode comprometer todo o espetáculo!

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