quinta-feira, 21 de março de 2013

Borboletas na janela...

Às vezes é difícil conviver com tantos “eus”  dentro de mim, com tantas cenas imaginárias e reais na minha mente, no meu coração.
A confusão para diferenciar se o que está ante meus olhos é real ou imaginação.
Cada estimulo sensível  surge como um turbilhão de feixes de luz que perpassam por mim e deixa-me perplexa. Talvez a minha realidade não seja a mesma que você vive, talvez a linha tênue entre o concreto e o surreal rompeu-se... e a menina que está sentada no sofá, te olhando de forma perspicaz, falando contigo de forma coerente, sorri. Sorri porque não está ali, está onde sempre quis estar, onde é seu lugar.
Na mistura de magia, sonho e encanto, ela sobrevoa o mundo, o “seu” mundo, aquele que é seu e de mais ninguém...
Eu não consigo fugir... não o suficiente para fechar as janelinhas na minha mente, a janela da vontade louca de viver cada instante intensamente, a vontade de amar o amor e a liberdade ao mesmo tempo.
Com um vento qualquer de emoção a veneziana se abre, e o fluxo gelado de inspiração me faz ficar arrepiada. As borboletas movem-se e completam a sensação um tanto curiosa e plena, não satisfatória, mas instigante... o suficiente para querer mais.